Retrocesso de conquistas sociais com a alteração da Losan já no primeiro dia de governo
A Agan, honrando o compromisso firmado, desde sua fundação, na defesa dos interesses da profissão de Nutricionista bem como no bem estar da população riograndense, encontra-se irmanada à posição de repúdio da Asbran sobre a alteração da LOSAN mediante a MP 870/2019. Abaixo reproduzimos e compartilhamos a nota de repúdio e ressaltamos que nos manteremos firmes na luta pelo Direito constitucional à Alimentação Adequada e Saudável não somente para os gaúchos, mas para toda a população brasileira.
AGAN
Gestão 2017/2010
Em defesa da manutenção das políticas públicas de combate à fome e do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA), em defesa da garantia dos princípios e diretrizes que norteiam o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – Sisan, a Associação Brasileira de Nutrição – Asbran vem a público repudiar com firmeza e coerência ato do presidente da República Jair Messias Bolsonaro que revogou, no dia 1º de janeiro, por medida provisória, todos os artigos da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan) que tratam do Consea – Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.
Na prática, a ação do governo acaba com o conselho, que, nos últimos anos, teve papel fundamental para garantia do DHAA e foi importante articulador das políticas de segurança alimentar e nutricional no país, além de envolver de maneira efetiva a representação da sociedade civil que mantém vínculos estreitos com este tema.
Vale destacar, por exemplo, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que surgiu a partir de debates feitos pelo Consea para promover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar.
Na avaliação da Asbran, o fim do Consea representa também o fim do grande debate que o Brasil vem fazendo sobre a fome, com ações de enfrentamento que se tornaram referência no mundo. A medida indica ainda um retrocesso incomparável nas políticas de segurança alimentar e nutricional, justamente em um momento em que o país precisa aprofundá-las.
A Asbran se manterá ativa nesta luta e integrará outros movimentos pela revogação desta medida provisória no poder Legislativo e em defesa do Direito Humano à Alimentação Adequada.
fonte: Asbran